Atualmente, a higienização tem sido um dos fatores mais importantes para qualquer meio de trabalho, de modo que a preocupação com a segurança dos manipuladores bem como a qualidade que o produto será fornecido para o mercado ganharam uma visão muito maior por toda a população.

Os produtos que consumimos possuem normalmente diversos microrganismos contaminantes provenientes das matérias-primas ou introduzidos durante a sua produção. E essas contaminações emanam do próprio manipulador, de animais indesejados na produção, da água fornecida e das instalações e equipamentos do âmbito da produção.

E você? consegue imaginar os riscos que se submete consumindo produtos com falta de higiene? Além disso, é capaz de visualizar as consequências às quais seu local de produção está sujeito por ter uma má qualidade de higiene?

A importância da higienização

Há, no Brasil, a necessidade legal de existir a aplicação de conformidades e ações que evitem não conformidades de locais produtores. Por exemplo, para as indústrias alimentícia e de saneantes, ANVISA delega inúmeras práticas essenciais a se seguir nesses locais.

Não há como negar a importância de falarmos sobre higiene, por isso, aqui você encontrará várias dicas para adequar a higienização de um ambiente de produção:

1. Higienização de instalações, equipamentos, móveis e utensílios

A falta de limpeza adequada em equipamentos ou qualquer superfície pode ocasionar em um grave problema para qualquer produção: a contaminação cruzada. Isso acontece no contato entre uma superfície limpa e outra contaminada por microrganismos, resultando, portanto, na transmissão de certa quantidade de microrganismos para a superfície limpa.

Os resíduos de alimentos serão utilizados como meio de crescimento pelos microrganismos presentes, caso os utensílios e as superfícies não forem adequadamente higienizados, podendo tornar-se uma situação grave. Assim, algumas ações são necessárias para essa certificação:

1. Defina os procedimentos de limpeza de equipamentos, móveis e utensílios, sendo esses específicos para a garantia de higiene (importante que sejam métodos fundamentados de higienização);
2. Limpe diariamente ou conforme particularidade do equipamento, mas levando em consideração os riscos de proliferação de contaminantes;
3. Registre as limpezas e  o monitoramento da qualidade e periodicidade das higienizações;
4. Acompanhe a disponibilidade de produtos e equipamentos utilizados na sanitização.

Qualquer ambiente que produza deve se atentar a esses fatores, que apesar de serem básicos, são tão importantes. O ponto da sanitização desses equipamentos, instalações etc., exige que para uma garantia da qualidade nas suas higienizações, é importante a adequação de produtos sanitizantes específicos a cada uso.

Nesse sentido, AQUI você encontra um documento que elucida as necessidades da sanitização.

2. Manejo de resíduos

A coleta e o armazenamento dos resíduos gerados devem conter algumas prevenções e especificações para uma qualidade no ambiente e até mesmo do próprio resíduo descartado. 

Assim, algumas colocações importantes são:

1. Recipientes de armazenagem exclusivos, com identificação do tipo de resíduo acondicionado e em número e capacidade adequada;
2. Lixeiras com tampas e acionamento não manual (por pedal, por exemplo), evitando possíveis contaminações no contato com as mãos;
3. Locais dos recipientes adequados, onde não haja possibilidade de contaminação cruzada;
4. Monitoramento diário ou em periodicidade específica de acordo com as quantidades geradas de resíduos.

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3. Controle da potabilidade da água

A água é base para qualquer espaço onde há produção sendo fornecida dentro de padrões de potabilidade, ou seja, apropriada para o consumo humano e livre de contaminações para que não haja risco de doenças.

Em locais de empreendimentos, essa água é armazenada em caixas d’água, na maioria das vezes, e, dessa maneira, de acordo com a higienização determinada a esse reservatório, riscos de doenças ou contaminações podem romper com a qualidade da água que será usada.

Alguns passos importantes a se seguir quanto a potabilidade da água:

1. Padronize um período para realização de análises microbiológicas da qualidade da água (semestralmente, por exemplo) nos pontos de coleta onde faz-se seu uso na produção;
2. Higienize seu reservatório também com uma frequência definida e com garantia da eficiência da limpeza (recomenda-se empresa especializada para o serviço);
3. Adeque um monitoramento desses pontos da qualidade da água que está sendo fornecida, reforçando a periodicidade de análises e higienizações bem como analisando a qualidade perante padrões de potabilidade.

4. Práticas para armazenamento de matérias-primas e produtos acabados

1. Caixas de papelão e sacos constituídos de várias capas de papel de matérias-primas devem ser descartados antes de entrar na área de produção, com o objetivo de se evitar contaminação cruzada;
2. Padronização da fiscalização na área de estoque, a fim de detectar sinais que impliquem a presença de vetores (ratos, formigas, baratas, traças etc.);
3. Nos locais de estocagem, manter uma distância mínima de 30 cm entre a parede e as estruturas onde estão empilhados os produtos.  Já entre o piso e a base dessa estrutura deve-se manter a distância mínima de 20 cm;
4. Controle da tipagem dos produtos armazenados, com objetivo de evitar qualquer aproximação de produções com composições divergentes, como produtos tóxicos com produtos alimentícios.

Essas são algumas citações importantes para uma higiene e seu controle no âmbito de armazenagem.

5. Controle de moscas

As moscas são incômodos para qualquer ambiente de produção, e suas aparições são sérias ameaças à segurança e adequação dos produtos. Além disso, é incrível sua capacidade de se multiplicar podendo gerar doenças às pessoas que têm contato direto ou com produtos contaminados. Diante de todos esses males, tornam necessárias práticas que evitem esses seres para padrões de higienização de um ambiente:

1. Adequado tratamento de lixo, com uma correta armazenagem, impossibilitando que os rejeitos da produção fiquem acessíveis a tais insetos;
2. Uso de lâmpadas externas amarelas (a base de vapor de sódio por exemplo), capazes de repelir não só a presença de moscas como de outros insetos;
3. Nos locais por onde esses insetos podem adentrar, adapte proteções com telas em janelas e tubulações, cortinas de ar nas portas de maior movimentação ou de acesso ao local de produção bem como sistemas mecânicos ou de molas que façam com que essas portas fiquem sempre fechadas.

6. Controle de baratas

Além das moscas, outro incômodo de qualquer ambiente produtivo são as baratas, consideradas disseminadoras mecânicas de patógenos diversos, como esporos de fungos, bactérias, vírus etc. Tais malefícios provém, principalmente, dos locais em que habitam e percorrem, como esgotos, lixeiras e outros locais contaminados. 

Elas são atraídas por muitas coisas que agregam nutricionalmente suas necessidades, como em alimentos doces, gordurosos, de origem animal, queijos, produtos de panificação etc., ademais, são facilmente encontradas em ambientes em que há a falta de higiene.

Com isso, práticas que evitam ou diminuem a infestação de baratas são essenciais a âmbitos de produção:

• Primeiramente, o tratamento de esgotos e bueiros externos, junto à limpeza de caixas de gordura quando houver;
• Acrescentando a isso, limpeza de ralos de todo o local do empreendimento, adaptando ralos com a opção de fechamento quando não estão sendo usados;
• Outra ação muito interessante e eficaz é a vedação de espaços sob portas ou frestas da área de processamento com possíveis locais de abrigo para as baratas.

7. Controle de roedores (ratos)

Bem como outros seres já citados, roedores são marcados por seus graves envolvimentos na transmissão de várias doenças ao homem e a outras espécies animais, como exemplo a leptospirose, parasitose e salmoneloses. 

Suas preferências alimentícias são muito próximas às dos homens, de forma que atacam desde culturas agrícolas a produtos já armazenados. Esse fator, principalmente de contato com locais de armazenamento, gera perdas significativas pelo fato de sua urina e fezes nesses espaços, bem como o rompimento de sacarias ou embalagens.

Algumas recomendações que controlam e previnem esses roedores em tais ambientes:

1. Evite pontos de acesso como ralos sem proteção, portas, janelas, calhas e forro mal vedados. Recomenda-se fechar qualquer abertura indesejada maior que 0,5 cm;
2. Evite falhas na manipulação do lixo (guardar e descartar), e possíveis entulhos;
3. Impeça a proliferação desses roedores, sempre monitorando e higienizando os principais condicionais em que vivem: água (esgotos, córregos etc.), abrigos (entulhos, vegetação, frestas nas paredes etc.) e alimentos (lixo com alimentos, restos de alimento espalhados no ambiente etc.).

8. Higiene e saúde de manipuladores

Como qualquer ser vivo que contaminado com algum vírus, bactéria, seu contato com o meio de produção se torna um perigo à qualidade do produto. E isso se enquadra às pessoas manipuladoras de qualquer parte dos procedimentos de um empreendimento.

Dessa forma, algumas práticas tornam-se imprescindíveis para prevenção de contaminação por manipuladores dos processos:

• Acompanhamento da realização de exames médicos e laboratoriais com periodicidades definidas, voltado à fiscalização da saúde dos colaboradores;
• Procedimentos definidos quando os funcionários estão doentes ou com ferimento/lesões na pele;
• Uniformes e equipamentos de proteção bem estabelecidos para cada área de atuação do colaborador, com número de mudas suficiente para cada um, bem como periodicidade de troca definida;
• Higienização de mãos ou outras áreas do corpo que possam ter contato direto com produtos com frequências e instruções normativas bem definidas e acessíveis a todos;
• Hábitos comportamentais na área de produção devem ser privados, como uso de adereços, perfumes, não fumar e condutas de higiene pessoal (banhos diários, não tossir ou cuspir, por exemplo).

9. Instalações destinadas à higiene pessoal

Instalações de higiene adequadas são necessárias para garantir a manutenção de um grau apropriado de higiene pessoal e evitar a contaminação com produtos em seus procedimentos. Ademais, também é necessário o cuidado com essas instalações para não serem contaminantes aos espaços voltados à produção.

Com as apropriações pessoais, as instalações devem dispor de:

• Lavatórios com projeto higiênico apropriado, com disponibilidade respectiva à quantidade de pessoas que farão acesso;
• Meios adequados para lavagem e secagem higiênicas das mãos, com cartazes educativos e informativos de como proceder;
• Localização de banheiros sem comunicação direta com as áreas de produção, embalagem e estocagem de produtos;
• Disponibilidade de sabonete líquido, papel toalha e sanitizante adequado.

10. Especificações da higienização de ambientes

Ficou notória a gravidade que a falta de higiene pode ocasionar aos meios produtivos. Ademais, a quantidade de práticas essenciais que devem ser específicas a cada localidade para que haja a garantia dos padrões de higiene e qualidade de qualquer empreendimento.

Diante disso, para se ter um eficaz diagnóstico de como ter uma produção segura, utilizar saneantes adequados, equipamentos que protejam não só os manipuladores mas também o produto, um correto gerenciamento da água armazenada, dentre outras inúmeras necessidades, profissionais habilitados são fundamentais para alcançar todos esses e muitos mais pontos exigidos na legislação no que diz respeito a higienização.

E é com grande facilidade que seu negócio produtivo pode contar com as práticas ideais a ele e com validações de normas legais!

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