Entenda a importância da sanitização e como aplicá-la em sua casa ou em sua indústria.
Manter um ambiente limpo é fundamental, seja dentro de casa, em uma loja ou em uma grande indústria. Já imaginou chegar a um restaurante e encontrar o lugar todo sujo? Ou então descobrir que a fábrica que produz sua bebida favorita foi fechada porque encontraram produtos contaminados?
Mas para manter um local livre de contaminações é necessário mais do que apenas limpar, é necessário realizar uma sanitização. Ao contrário do que algumas pessoas pensam, limpeza e sanitização não são as mesmas coisas, no entanto, elas se complementam. Por exemplo, quando passamos pano em casa, estamos limpando, porém isso não quer dizer que não existem mais bactérias no local.
Primeiramente, vamos entender as diferenças entre os conceitos de limpeza, higienização, sanitização, desinfecção e esterilização. Segundo o químico Miguel Sinkunas, Conselheiro da Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional (Abralimp) e Thiago Lopes, membro do Conselho Técnico da Abralimp, esses termos se definem da seguinte forma:
Assim, a limpeza é o processo de menor nível de descontaminação, seguida pela sanitização, desinfecção e por fim a esterilização.
A sanitização é fundamental para eliminar agentes bacteriológicos e fungos que podem causar problemas para as pessoas como por exemplo alergias, infecções e doenças respiratórias como bronquite, asma e rinite. Além disso, ela deixa o ambiente mais agradável para aqueles que o frequentam, além de contribuir na conservação de alimentos e objetos.
Portanto, a principal diferença entre a sanitização e a desinfecção é o tipo de produto utilizado e o tempo que ele precisa ficar na superfície. Diferente da desinfecção, na sanitização são usados produtos de menor toxicidade, por isso é possível ingerir uma fruta ou um legume após o processo.
Para saber mais sobre o passo a passo da sanitização, você pode consultar o e-book disponível aqui.
Dentro de uma indústria, é fundamental manter o meio limpo e livre de bactérias, tanto para clientes e funcionários, quanto para o produto final. É necessária uma limpeza comum e diária garantindo um ambiente de qualidade para todos que frequentam o lugar, além disso, é de extrema importância fazer uma sanitização mais profunda dos equipamentos, garantindo que os mesmos fiquem livres de qualquer contaminação que possa interferir no produto final, especialmente em alguns setores, como a alimentícia e farmacêutica.
Nesse sentido, quando falamos da indústria alimentícia, os cuidados contra contaminações e com a sanitização são indispensáveis para evitar problemas para uma marca. A contaminação pode ser proveniente de diversos fatores, em diferentes etapas do processo, tais como:
Para diminuir a carga microbiana contaminante do produto final, podem ser realizados diferentes procedimentos. Entre eles existem os agentes físicos, como o uso de calor ou radiação UV, e os agentes químicos, utilizando produtos saneantes.
Contudo, ao optar por um processo químico, deve-se analisar alguns fatores na escolha do saneante, como a toxicidade do produto, o efeito corrosivo, sua concentração, efeito residual nos alimentos e efeitos ambientais e nos efluentes. Além disso, também é importante levar em consideração o material da superfície onde o produto será aplicado e a natureza do alimento produzido.
Bem como usar máscaras, lavar as mãos e passar álcool em gel, a sanitização também pode ser uma grande aliada no combate ao coronavírus, causa da COVID-19. Depois de se instalar em uma superfície, o vírus pode viver e infectar uma pessoa durante três dias, dependendo do material, assim, desinfetar locais com grande circulação de pessoas, além de objetos e superfícies tocados com frequência como maçanetas, telefones, torneiras e corrimãos pode ajudar a evitar a propagação da doença.
Para isso, deve-se usar saneantes regularizados, assim, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) disponibilizou uma lista de produtos recomendados.
A ação do saneante acontece no momento da aplicação, isso significa que ao aplicar o produto ele agirá contra os microrganismos já existentes no local, mas se após seu uso alguém contaminado espirrar sobre a superfície, ela estará contaminada novamente.
Ainda mais, é importante salientar que, para utilizar um produto devem-se seguir as instruções descritas na embalagem e que alguns produtos devem ser manuseados apenas por profissionais da área. Além disso, não é recomendada a produção caseira de saneantes nem a mistura de diferentes produtos, pois isso pode provocar acidentes, queimaduras, intoxicações e irritações.
Segundo a Anvisa, os produtos para sanitização se classificam em relação a sua finalidade, risco, venda e emprego. Quanto à finalidade, eles são divididos em:
Eles também podem ser classificados de acordo com sua venda e emprego:
Já em relação ao risco, os saneantes são de Risco 1 ou de Risco 2:
Para saber mais sobre os cuidados ao comprar saneantes, você pode clicar aqui e conferir algumas orientações da Anvisa.
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