A expressão shelf life significa, na prática, “vida de prateleira”, mas tende a
ser traduzida como “vida útil” ou “validade”. Você tem alguma ideia da importância
desse conceito?

I) O que significa shelf life?

Essa expressão se refere ao período de tempo durante o qual um produto –
seja ele um alimento, um medicamento ou um cosmético – pode ser armazenado
sem que ele perca suas qualidades fundamentais ou torne-se impróprio para
consumo. Em essência, trata-se do tempo que os produtos podem permanecer na
prateleira
(“shelf”, em inglês) de uma loja, de um mercado ou da despensa de uma
casa sem se deteriorar.
Acompanhar o shelf life dos produtos que se quer vender é uma atividade
obrigatória, fazendo parte do cumprimento de normas legislativas relacionadas à
segurança no consumo. De fato, as consequências de se consumir um produto que
está fora do seu prazo de validade (isto é, que ultrapassou o seu shelf life) podem
ser graves, desde intoxicações alimentares até processos contra o fabricante do
produto em questão.
O shelf life (ou prazo de validade) de qualquer produto tem início no dia da
fabricação. Diferentes produtos terão diferentes prazos de validade, já que tais
prazos dependem, via de regra, dos ingredientes utilizados na fabricação, das
condições de higiene e armazenamento e da embalagem utilizada. É importante
citar, também, que a data de validade de todos os produtos deve ser indicada
expressamente no rótulo.

II) 4 fatores que influenciam no shelf life de um produto

Embalagem: uma embalagem de qualidade, produzida com um bom material, é o
que garantirá a qualidade do produto, permitindo inclusive a sua distribuição a locais
mais distantes;

Matéria-prima: deve-se garantir que a matéria-prima usada no processo de
produção esteja em boas condições e seja de qualidade;

Condições de armazenamento: os produtos precisam ser armazenados em um
local higienizado, com umidade controlada, e a uma temperatura adequada (que
pode variar de produto para produto). Essas ações, ao serem combinadas, são
capazes de barrar a proliferação de agentes contaminantes;

Micro-organismos: deve-se prestar atenção às propriedades físico-químicas do
produto que está sendo fabricado, já que micro-organismos, além de poderem
causar alterações na consistência e no aroma dos produtos, podem ser prejudiciais
a quem os consumir (válido especialmente para o caso de produtos alimentícios).

III) Por que as empresas devem se preocupar?

Para uma empresa, saber gerenciar o shelf life dos produtos vendidos por ela
é essencial. Isso vale para empresas nos mais diversos setores, como alimentos,
medicamentos, cosméticos e produtos químicos. Algumas razões que mostram a
importância desse conceito são as seguintes:

Qualidade e segurança do produto: ter cuidado com o shelf life garante que os
produtos fabricados estejam dentro dos padrões de qualidade e segurança, já que
produtos seguros e de qualidade são importantíssimos para a satisfação dos
clientes;

Reputação da marca: via de regra, produtos de alta qualidade fortalecem a
reputação da marca veiculada pelo empresa que os produz, já que o índice de
satisfação do cliente com tais produtos costuma ser maior;

Redução de desperdício: ter uma boa noção do shelf life faz com que o
desperdício de produtos diminua de forma significativa, o que é muito bom para o
meio ambiente e também para a própria empresa, já que evita a produção em
excesso;

Inovação de produtos: compreender os limites do shelf life estimula as empresas a
desenvolver produtos mais duráveis e com qualidade superior, o que abre espaço
para inovações no mercado.

IV) Como o shelf life pode ser calculado?

Via de regra, o cálculo da vida útil de determinado produto é complexo,
podendo variar de acordo com as características físico-químicas deste e com
regulamentações específicas de fabricação. Apesar disso, algumas diretrizes que
podem ser seguidas para o cálculo são as seguintes:

  1. Análise microbiológica e química: testes para analisar a rapidez com que o
    produto se deteriora, com base na presença de microrganismos ou enzimas no
    produto à medida que o tempo passa;
  2. Estudos de estabilidade: envolvem a exposição do produto a diferentes
    condições de temperatura e umidade;
  3. Testes sensoriais: realizados para de que forma a aparência, o sabor, a textura
    e odor do produto mudam com o passar do tempo;
  4. Modelagem e previsão: uso de modelos matemáticos para prever como o
    produto irá se comportar ao longo do tempo, com base nos resultados obtidos nos
    testes anteriores;
  5. Legislação e Regulamentações: deve-se levar em conta todas as
    regulamentações que giram em torno da fabricação de determinado produto – e, por
    extensão, na determinação do seu shelf life;
  6. Avaliação da embalagem: a escolha correta de uma embalagem desempenha
    um papel importantíssimo no prolongamento da vida útil de um produto – e, por
    conta disso, deve ser escolhida de forma a garantir a proteção do produto contra a
    luz, a umidade e o oxigênio.

Como é possível perceber, o gerenciamento eficaz do shelf life dos produtos
não se resume apenas a garantir que eles sejam seguros para consumidores em
potencial. Ao realizar ações para prolongar o shelf life do seus produtos, as
empresas acabam desenvolvendo estratégias que também contribuem para evitar
desperdícios
e construir uma boa reputação para a sua marca.

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