Contextualização:
Efluentes são resíduos produzidos por indústrias, esgotos, atividades
agrícolas e até mesmo domicílios, que são descartados no ambiente na forma de
líquido ou gases.
Se descartados de maneira inadequada, podem alterar as características
da água e/ou ar do local, promovendo sua degradação.
Qualquer líquido ou gás gerado por alguma atividade humana que é
descartado na natureza pode ser chamado de efluente.
Cada tipo de efluente possui características próprias relacionadas com a
atividade que estava sendo desempenhada, podendo conter substâncias de origem
química ou orgânica.
Os diversos processos que ocorrem nas grandes cidades, como indústrias,
transporte, centrais de aquecimento e outros, são responsáveis pela grande
poluição do ar, chuvas ácidas, efeito estufa, grandes diferenças térmicas e
destruição da camada de ozônio.
Tipos de efluentes:
O que é potabilidade da água?
Durante os processos de produção industrial e também processos
domésticos, a água é usada de diversas formas, e com isso ela pode sofrer
alterações na sua potabilidade. A água potável é aquela que se encontra em
condições adequadas para ser consumida pelo ser humano, livre de
contaminações que possam representar riscos à saúde. Portanto a água utilizada
nesses processos precisa passar por alguns processos para poder ser usada
novamente sem nenhum risco.
Contaminações por vírus, bactérias ou substâncias tóxicas podem causar
danos à nossa saúde, então, além de não possuir sabor, odor ou cor discerníveis,
a água destinada ao consumo humano deve atender a critérios rigorosos de
qualidade estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
Legislação
A legislação brasileira sobre tratamento de efluentes para potabilidade é
composta por uma série de leis, decretos e portarias, que estabelecem os padrões
de qualidade da água para consumo humano e os requisitos para o tratamento de
efluentes.
A principal legislação em vigor é a Portaria no 888, de 4 de maio de 2021,
do Ministério da Saúde. Essa portaria estabelece os padrões de potabilidade da
água para consumo humano, incluindo os parâmetros microbiológicos,
físico-químicos e organolépticos.
A Resolução CONAMA no 357, de 17 de março de 2005 estabelece os
padrões de lançamento de efluentes em corpos d’água (rios, lagos e oceanos).
Essa resolução exige que os efluentes lançados em corpos d’água atendam a
padrões de qualidade que não causem danos ao meio ambiente.
Além das leis e decretos nacionais, existem também leis e regulamentos
estaduais e municipais que podem estabelecer padrões de qualidade mais
rigorosos ou específicos para o tratamento de efluentes.
Os principais requisitos legais para tratamento de efluentes para potabilidade são:
Tratamento da água
Os meios de tratamento de efluentes para potabilidade podem ser divididos
em dois grupos principais: tratamento físico-químico e tratamento biológico. O
tratamento das efluentes envolve uma combinação dos processos físicos, químicos
e biológicos. O processo específico utilizado depende da qualidade da efluente e
dos objetivos do tratamento.
O processo padrão de tratamento típico de efluentes para potabilidade inclui
as seguintes etapas:
O que é o tratamento físico-química e biológico?
1Tratamento físico-químico
O tratamento físico-químico é um processo que utiliza agentes físicos e
químicos para remover contaminantes do esgoto. Os principais processos de
tratamento físico-químico são:
● Precipitação: Adição de reagentes químicos que formam compostos sólidos
e então removê-los a partir de processos de sedimentação ou filtração.
● Floculação: Adição de polímeros para formar flocos e então removê-los a
partir de processos de sedimentação ou filtração.
● Filtração: A efluente atravessa um material filtrante que remove as partículas
que estão presentes no líquido
● Desinfecção: São adicionados reagentes químicos ou físicos, com a
finalidade de matar microrganismos que possam ser prejudiciais a saúde.