Tratamento de efluente com enfoque em potabilidade

By Heitor Guimaraes Araujo

Contextualização:
Efluentes são resíduos produzidos por indústrias, esgotos, atividades
agrícolas e até mesmo domicílios, que são descartados no ambiente na forma de
líquido ou gases.
Se descartados de maneira inadequada, podem alterar as características
da água e/ou ar do local, promovendo sua degradação.
Qualquer líquido ou gás gerado por alguma atividade humana que é
descartado na natureza pode ser chamado de efluente.
Cada tipo de efluente possui características próprias relacionadas com a
atividade que estava sendo desempenhada, podendo conter substâncias de origem
química ou orgânica.
Os diversos processos que ocorrem nas grandes cidades, como indústrias,
transporte, centrais de aquecimento e outros, são responsáveis pela grande
poluição do ar, chuvas ácidas, efeito estufa, grandes diferenças térmicas e
destruição da camada de ozônio.

Tipos de efluentes:

  • Efluentes líquidos
    Efluentes líquidos são os resíduos gerados a partir dos esgotos, indústrias,
    lixões, redes pluviais e da agricultura, resultado de atividades humanas.
  • Efluentes domésticos
    Efluentes domésticos são os dejetos produzidos na cozinha ou banheiro das
    casas, edifícios e indústrias, composto de 99,9% de água, e o restante de sólidos
    orgânicos e inorgânicos e de micro-organismos.
    É formado pela utilização da água para fins como, descargas de vasos
    sanitários, no banho, em lavagens de utensílios de cozinha, lavagem de pisos, de
    roupas, entre outros.
    Se liberados na natureza sem o tratamento certo, podem provocar sérios
    desequilíbrios ao ecossistema e consequentemente à vida dos seres vivos.
  • Efluentes industriais
    Os efluentes industriais são os resíduos líquidos ou os gases provenientes
    das indústrias e que são descartados na natureza.
    Sua composição varia de acordo com a atividade exercida pela indústria,
    podendo ter como efluente um líquido/gás reutilizável ou correntes carregadas de
    diversas substâncias químicas que devem ser tratadas.
    O descarte incorreto das efluentes pelos diversos tipos de indústrias que
    surgem a cada dia vem gerando preocupações com o ambiente.
    A legislação vigente e a conscientização da preservação do meio
    ambiente levam as indústrias a desenvolverem processos de tratamento de seus
    efluentes para evitar a contaminação do solo, ar, rios, lagos e oceanos.

O que é potabilidade da água?
Durante os processos de produção industrial e também processos
domésticos, a água é usada de diversas formas, e com isso ela pode sofrer
alterações na sua potabilidade. A água potável é aquela que se encontra em
condições adequadas para ser consumida pelo ser humano, livre de
contaminações que possam representar riscos à saúde. Portanto a água utilizada
nesses processos precisa passar por alguns processos para poder ser usada
novamente sem nenhum risco.
Contaminações por vírus, bactérias ou substâncias tóxicas podem causar
danos à nossa saúde, então, além de não possuir sabor, odor ou cor discerníveis,
a água destinada ao consumo humano deve atender a critérios rigorosos de
qualidade estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

Legislação
A legislação brasileira sobre tratamento de efluentes para potabilidade é
composta por uma série de leis, decretos e portarias, que estabelecem os padrões
de qualidade da água para consumo humano e os requisitos para o tratamento de
efluentes.
A principal legislação em vigor é a Portaria no 888, de 4 de maio de 2021,
do Ministério da Saúde. Essa portaria estabelece os padrões de potabilidade da
água para consumo humano, incluindo os parâmetros microbiológicos,
físico-químicos e organolépticos.

A Resolução CONAMA no 357, de 17 de março de 2005 estabelece os
padrões de lançamento de efluentes em corpos d’água (rios, lagos e oceanos).
Essa resolução exige que os efluentes lançados em corpos d’água atendam a
padrões de qualidade que não causem danos ao meio ambiente.
Além das leis e decretos nacionais, existem também leis e regulamentos
estaduais e municipais que podem estabelecer padrões de qualidade mais
rigorosos ou específicos para o tratamento de efluentes.

Os principais requisitos legais para tratamento de efluentes para potabilidade são:

  • Remoção de sólidos em suspensão: sólidos em suspensão podem ser
    removidos por processos físicos, como sedimentação ou filtração.
  • Remoção de matéria orgânica: a matéria orgânica pode ser removida por
    processos físicos, químicos ou biológicos.
  • Remoção de nutrientes: nutrientes, como nitrogênio e fósforo, podem ser
    removidos por processos físicos, químicos ou biológicos.
  • Remoção de microrganismos patogênicos: microrganismos patogênicos
    (que podem causar doenças) podem ser removidos por processos físicos,
    químicos ou biológicos.

Tratamento da água
Os meios de tratamento de efluentes para potabilidade podem ser divididos
em dois grupos principais: tratamento físico-químico e tratamento biológico. O
tratamento das efluentes envolve uma combinação dos processos físicos, químicos
e biológicos. O processo específico utilizado depende da qualidade da efluente e
dos objetivos do tratamento.
O processo padrão de tratamento típico de efluentes para potabilidade inclui
as seguintes etapas:

  • Pré Tratamento: Consiste na remoção de areia, gorduras e outros sólidos
    grosseiros que possam atrapalhar o processo de potabilidade.
  • Tratamento físico-químico: Processo de remoção de sólidos em suspensão,
    matéria orgânica e nutrientes.
  • Tratamento biológico: Processo de degradação da matéria orgânica que não foi
    retirada durante os outros processos.
  • Desinfecção: Parte é feita a eliminação de microrganismos que possam causar
    doenças aos seres humanos.

O que é o tratamento físico-química e biológico?

1Tratamento físico-químico
O tratamento físico-químico é um processo que utiliza agentes físicos e
químicos para remover contaminantes do esgoto. Os principais processos de
tratamento físico-químico são:
● Precipitação: Adição de reagentes químicos que formam compostos sólidos
e então removê-los a partir de processos de sedimentação ou filtração.
● Floculação: Adição de polímeros para formar flocos e então removê-los a
partir de processos de sedimentação ou filtração.
● Filtração: A efluente atravessa um material filtrante que remove as partículas
que estão presentes no líquido
● Desinfecção: São adicionados reagentes químicos ou físicos, com a
finalidade de matar microrganismos que possam ser prejudiciais a saúde.

  • Tratamento biológico
    O tratamento biológico é um processo que utiliza microrganismos para
    combater os contaminantes da efluente. Os principais processos de tratamento
    biológico são:
    ● Lodos ativados: Um processo aeróbio que utiliza microrganismos em
    suspensão para degradar a matéria orgânica.
    ● Líquidos decantados: Um processo anaeróbio que utiliza microrganismos
    em suspensão para degradar a matéria orgânica.
    ● Filtração biológica: Um processo que utiliza um filtro biológico para remover
    partículas em suspensão e microrganismos.
    Após o tratamento, o efluente é considerado potável e pode ser distribuído para
    consumo humano. Sendo assim, caso haja alguma dúvida ou interesse sobre tratamento de efluente com enfoque em portabilidade, CLIQUE AQUI e converse com um consultor!

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