Todos os tipos de produtos e materiais compõem o nosso espaço no dia a dia. Quando paramos para analisar, observamos eles por toda parte – desde a roupa que vestimos; os produtos que limpam nossas casas; os cosméticos e produtos de higiene; o que comemos e etc – até nos darmos conta de que é quase infinita a quantidade de formulações e tecnologia ao nosso redor.

Isso, às vezes, pode nos fazer achar que o desenvolvimento de novos produtos é uma tarefa simples, mas não é! Hoje em dia, além de muita inovação e criatividade para o desenvolvimento de um novo produto, devemos ter um estudo detalhado de como e se é possível colocar a ideia em prática ou não.

O que é o desenvolvimento de fórmulas ?

A formulação é o processo em que combinamos uma variedade de diversas substâncias em proporções precisas a fim de criar um produto específico. Por meio de estudos e conhecimentos das propriedades das substâncias utilizadas, uma série de repetidos testes e experimentos se iniciam para enfim chegar na fórmula ideal com as características esperadas. Por exemplo, o sabor, cor, validade, desempenho e eficácia.

Além disso, para a criação de uma nova fórmula, precisamos que uma série de pessoas que possuam conhecimento teórico do que está sendo trabalhado. De preferência, uma equipe que já possua familiaridade à prática laboratorial ou alguma área relacionada. Isso se deve ao fato da facilidade em ocorrer acidentes nesse ambiente de trabalho, até mesmo para profissionais experientes. Desenvolver produtos químicos sem etapas bem definidas, precisão e equipes capacitadas pode ser, além de um prejuízo, um perigo. 

Ademais, antes mesmo da iniciação da prática, é de extrema importância o levantamento e a análise de produtos semelhantes ao que se pretende desenvolver e se existe alguma patente já cadastrada. Analisando esses produtos similares, conseguimos determinar suas formulações e mapear os principais componentes, bem como suas classes. Isso torna possível ter uma perspectiva mais elaborada do que o produto poderá ser composto. 

Precauções com o desenvolvimento

Seguindo na parte ainda teórica, após esse estudo mais individualizado de cada componente, já podemos ter uma boa base mais definida da primeira possibilidade de formulação. Com ela, podemos filtrar ainda mais o conhecimento para que sejam estudadas as interações e reações que os componentes dessa possível formulação têm entre si quando misturados. Deve-se discutir isso antes da iniciação dos testes no laboratório, pois podem ocorrer acidentes com reações químicas indesejadas e perigosas, que liberam altas quantidades de calor ou gases tóxicos, por exemplo.

Uma vez criada a fórmula, para ela ser reproduzida é fundamental a criação de um manual descritivo a ser seguido. Isto é o que chamamos de POPs (Procedimento Operacional Padrão), um documento que formaliza esse roteiro certificando que a produção seja padronizada. Dessa forma, é possível ter uma maior garantia de que os profissionais envolvidos ou não nos processos não cometam erros ou desvios de qualidade, eficiência e eficácia. Um exemplo, seria a não interrupção na realização dos processos devido à ausência do funcionário responsável ou na troca de turnos. Consequentemente, você terá uma produção mais segura, eficiente e com menos desperdícios.

Viabilidade

Outro fator importante a ser feito é a Viabilidade do produto, que é uma etapa anterior à execução do projeto. É a análise que irá verificar se é possível colocar aquele projeto em prática ou não. Nesta parte, analisamos fatores como: o custo de produção, lucro, matérias-primas, impacto ambiental entre outros.

Com os dados desse estudo, sendo eles os possíveis resultados a serem obtidos, fica claro ao empreendedor se investir nesse projeto é benéfico ou não.

É nessa etapa, também, que, ao estudar as matérias-primas e a melhor forma de produção, colocamos em pauta qual o impacto ambiental que aquela produção terá. Devido ao aumento de leis que resguardam o meio ambiente, é imprescindível que o empreendedor leve em consideração se o seu produto está de acordo com essas leis. Caso contrário, enfrentará grandes problemas com a justiça que poderá puni-lo através de multas e em casos mais graves o mandato de prisão. 

É por conta dessas consequências que cada vez mais tem se desenvolvido o estudo de fórmulas de materiais biodegradáveis, que se transformam quimicamente, mais especificamente se degradam,  através da ação de microrganismos sob condições favoráveis de temperatura, umidade, luz, oxigênio e nutrientes. Uma outra alternativa, é se fazer o Licenciamento Ambiental o quanto antes possível.

Patentes e registro de marca

Retomando o assunto do cadastro de patentes, é também na viabilidade que se faz a pesquisa para saber se essa formulação já existe e se há patentes protegendo produtos existentes no mercado que impossibilitam legalmente a comercialização do produto em desenvolvimento. Caso elas não existam, depois do desenvolvimento da fórmula, é preciso fazer esse registro, além de registrar seu nome e até mesmo sua marca; pois, se não houver essa segurança jurídica para fazer valer seus direitos, haverá o risco de ter suas ideias copiadas por outros.

Mercado alvo

Por fim, e não menos importante, deve ser feita uma pesquisa de mercado. Você pode ter em mãos uma ideia genial! Mas é preciso ter alguém a fim de comprar seu produto e pagar por ele o preço que vai te dar lucro. Isso também trará respostas sobre a viabilidade, pois traz um dado mais real do que irá acontecer caso esse produto chegue ao mercado consumidor.

É nessa etapa também, que você deve encaminhar a suas pesquisa para o que será o seu público alvo. Ou seja, quem são as pessoas que irão comprar o seu produto e o que elas esperam dele.

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