Desenvolvimento de fertilizantes

By Drielly Piai

Introdução

Com o crescimento acelerado da população mundial aumentando cada vez mais a demanda por alimentos, tecnologias que aumentam a produtividade e melhoram a qualidade dos alimentos que chegam na mesa do consumidor são constantemente procuradas pelos produtores. Dessa forma, para um bom desenvolvimento das plantas, deve-se prestar atenção à saúde do solo em que vai ser cultivado, visto que é dele que serão retirados os nutrientes; porém, como esses nutrientes não são repostos naturalmente pela terra, os fertilizantes se fazem necessários na manutenção da qualidade do solo.

O que são fertilizantes e sua composição

Os fertilizantes são insumos agrícolas que podem ser classificados como minerais ou orgânicos, naturais ou sintéticos que fornecem nutrientes para as plantas. A nutrição do solo não só aumenta a produtividade das culturas agrícolas, mas também auxilia na resistência a pragas e doenças, melhorando a qualidade do produto. Além disso, o uso desses insumos possui um impacto positivo na
preservação do meio ambiente, visto que é possível aumentar a produção sem precisar expandir as áreas de cultivo.
A composição dos fertilizantes está diretamente relacionada às substâncias presentes nas plantas, estas podendo ser macronutrientes, que estão em maior quantidade, têm função estrutural e são essenciais para as atividades metabólicas das plantas, ou micronutrientes, que estão em menor quantidade, têm função reguladora e compõem as enzimas.

Macronutrientes: Nitrogênio (N), Fósforo (P), Potássio (K), Cálcio (Ca), Magnésio (Mg) e Enxofre (S)

Micronutrientes: Cloro (Cl), Manganês (Mn), Boro (B), Zinco (Zn), Ferro (Fe), Cobre (Cu), Níquel (Ni), Molibdênio (Mo) e Cobalto (Co)

Tipos de fertilizantes

Os fertilizantes podem ser classificados em 3 tipos, dependendo da fonte da qual são extraídos. Eles podem ser minerais, orgânicos ou organominerais.

Fertilizantes Minerais

Conhecidos também como inorgânicos, os fertilizantes minerais são extraídos do solo ou rochas e transformados em compostos químicos. Eles são divididos de acordo com a sua composição principal:

Nitrogenados: desenvolvidos a partir de elementos com alto teor de nitrogênio;

Fosfatados: compostos por elementos com concentração elevada de fósforo;

Potássicos: constituídos por componentes ricos em potássio;

Mistos: desenvolvido com mais de um nutriente principal;

Corretivos: possuem como base o calcário e são utilizados para corrigir a acidez do solo.

Fertilizantes Orgânicos

Os fertilizantes orgânicos são produzidos a partir de matéria orgânica, ou seja, restos de animais e plantas, como por exemplo: esterco animal, resíduos de vinícolas, bagaços de cana-de-açúcar, frutas, verduras e legumes. Eles são subdivididos em:

Simples: têm como base apenas matéria vegetal ou animal;

Mistos: desenvolvidos pela combinação de um ou mais fertilizantes orgânicos simples;

Compostos: produzidos a partir de elementos orgânicos resultantes de processos químicos, físicos ou bioquímicos.

Fertilizantes Organominerais

Já os fertilizantes organominerais, nada mais são do que a mistura de elementos de fontes orgânicas e fertilizantes minerais.

Produção dos fertilizantes

O processo produtivo dos fertilizantes começa na indústria de extração mineral, onde são obtidas as matérias-primas da produção (rocha fosfática, rocha potássica, enxofre e gás natural ou nafta). Então, segue para a indústria de produção dos compostos químicos inorgânicos, onde são produzidas substâncias como ácido sulfúrico, ácido fosfórico e amônia anidra.
A terceira etapa do processo é responsabilidade da indústria de fabricação de fertilizantes simples e intermediários, é nessa etapa que são obtidos os produtos:
superfosfato simples (SSP), superfosfato triplo (TSP), fosfato de amônio (MAP e DAP), nitrato de amônio, sulfato de amônio, ureia, cloreto de potássio, termofosfatos e rocha fosfática parcialmente articulada.
Na quarta etapa, acontece o processo de granulação e mistura de elementos para chegar no fertilizante final, conhecido também como NPK. Nesse momento, são produzidos fosfatados, nitrogenados e potássicos.

  • Fosfatados: possuem o enxofre e a rocha asfáltica como matérias-primas principais, os materiais são extraídos pela mineração e tratados com ácido sulfúrico;
  • Nitrogenados: têm como matéria-prima o gás natural, que então produz a amônia anidra para, por fim, obter o composto principal, o nitrogênio;
  • Potássicos: o potássio é extraído de minerais associados com alta concentração, como silvita, silvinita e carnalita; então os minerais são tratados até conseguir um produto bastante solúvel em água.
    Depois disso, estarão prontos para distribuição e comercialização.

Figura 1 – Cadeia produtiva de fertilizantes.

Fonte: https://qualidadeonline.wordpress.com/2010/06/08/o-setor-de-fertilizantes-no-brasil/

Questão ambiental

Apesar de serem importantes para a agricultura, os fertilizantes geram impactos significativos ao meio ambiente, que devem ser estudados para que a cadeia produtiva da indústria seja personalizada de forma a minimizar os impactos ambientais.

O desmatamento é um exemplo de impacto, geralmente ocasionado pela extração mineral, colocando em perigo a biodiversidade. Além disso, há a produção de resíduos sólidos e efluentes líquidos e gasosos durante a fabricação do insumo, que podem levar à poluição do ar, solo, rios, lagos e lençóis freáticos. Os efluentes líquidos, por serem utilizados compostos químicos na produção, podem contaminar a água e causar a eutrofização, fenômeno que causa a morte da biodiversidade do rio ou lago contaminado.

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