Tratamento de efluentes: o que é e como funciona

By Marketing

Entenda o funcionamento, benefícios e porque é essencial realizar o tratamento dos efluentes gerados em sua empresa.

Hoje em dia a maioria dos produtos que consumimos são produzidos em indústrias, porém durante esse processo, diversos efluentes são gerados. Mas antes de tudo, o que é um efluente industrial?

De acordo com a norma brasileira da ABNT – NBR 9800/1987, efluentes industriais são “despejos líquidos provenientes das áreas de processamento industrial, incluindo os originados nos processos de produção, as águas de lavagem de operação de limpeza e outras fontes”.

Os lançamentos inadequados desses rejeitos se tornam causas de grandes problemas ambientais. Nos últimos anos vemos a priorização de ações que preservam o meio ambiente, assim os tratamentos de resíduos industriais se tornam essenciais, além de não afetar a sua capacidade de produção.

Quais benefícios o tratamento de efluentes gera a sua empresa?

Primeiramente, é importante estar regularizado diante das leis vigentes no país – resolução nº 430 de 2011 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) – e parâmetros específicos estabelecidos pelos estados e municípios, pois ao deixar de cumprir a legislação as empresas enfrentam prejuízos financeiros, além de um desgaste da imagem de seu produto e serviço perante ao consumidor.

O prejuízo financeiro às empresas também se dá por meio de dificuldades para conseguir financiamentos bancários uma vez que os bancos somente liberam financiamentos para empresas com licenciamento ambiental o qual é necessário estar regularizado com os critérios de lançamento de efluentes.

Além de estar adaptado às demandas legais, é necessário se adaptar a demandas ambientais e assim consolidar uma imagem positiva a sua empresa, sendo uma grande vantagem, além de atrair clientes que prezam por produtos com responsabilidade ambiental.

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Como fazer o tratamento adequado de seus efluentes

Inicialmente, é necessário fazer uma análise das características do efluente, pois, com os dados, é possível definir quais indicadores serão utilizados no processo afim de quantificar as substâncias presente nos resíduos.

Um dos indicadores mais conhecidos é a DQO – Demanda Química de Oxigênio – que indica a concentração de matéria orgânica total presente na amostra, e a DBO – Demanda Bioquímica de Oxigênio – como indicativo da proporção de matéria orgânica biodegradável nos efluentes. O descarte de efluentes com alto teor de DQO/DBO pode causar a morte de peixes e outros organismos aeróbicos presentes no corpo receptor.

Após obter esses estudos, as etapas do tratamento podem ser definidas, focando no que deve ou não ser removido diante dos parâmetros estabelecidos para o lançamento dos efluentes.

Etapas do tratamento dos efluentes

Nesse sentido, as ETEs normalmente utilizam 5 etapas para efetuar o tratamento: pré-tratamento, tratamento primário, tratamento secundário, tratamento de lodo e por fim tratamento terciário. Eles podem ser tratamentos físico-químicos ou biológicos.

1. Pré-tratamento

Primeiramente, nessa etapa processos físicos são realizados para remover os sólidos grosseiros, sendo utilizado gradeamento e desarenação.

O gradeamento consiste em grades metálicas que barram os sólidos de maiores dimensões. Já a desarenação, por meio da sedimentação, remove flocos de areia presente no efluente uma vez que esses vão para o fundo do tanque por serem mais pesados que a matéria orgânica presente. Ambos os processos garantem maior segurança aos equipamentos porque os sólidos maiores podem danificá-los durante o processo.

Além disso, dependendo do pH e volume do efluente, adiciona-se os processos de neutralização e homogeneização.

2. Tratamento primário

O tratamento primário consiste em um procedimento físico-químico que tem como objetivo remover sólidos em suspensão e matérias flotantes através de técnicas de coagulação/floculação, decantação e flotação.

A coagulação e floculação consiste em gerar flocos maiores agrupando as partículas poluentes para o próximo estágio.

A decantação consiste em deixar a mistura em repouso para que as fases sejam separadas por diferença de densidade. Ao realizar esse processo, a fase menos densa fica ao topo e os sólidos (lodo) se acumulam ao fundo, dessa forma, fica mais fácil retirá-lo.

Enquanto a flotação se baseia na adição de bolhas de ar. As partículas se aderem às bolhas, formando um sistema de densidade menor que o fluido, assim uma espuma se forma na superfície e é posteriormente removida.

3. Tratamento secundário

Em seguida, é realizado o tratamento secundário, baseado em processos biológicos aeróbios e anaeróbios. A ideia é remover a matéria orgânica que pode estar dissolvida – DQO e DBO – por meio de processos que aceleram a decomposição dos poluentes orgânicos.

Os métodos mais comuns são as lagoas de estabilização, lodos ativados, filtros de percolação, etc. Como consequência, o efluente se adequa a legislação ambiental, uma vez que remove grande parte dos poluentes orgânicos.

4. Tratamento do lodo

Posteriormente, há a etapa de tratamento do lodo, mas para entender melhor essa etapa, primeiro vamos definir o que é o lodo. Ele é, basicamente, uma mistura de substâncias que contém material orgânico decomposto, minerais e colóides, a quantidade depende das características do resíduo inicial e do processo utilizado.

O tratamento tem dois objetivos: reduzir o volume e estabilizar a matéria orgânica.

Os tipos de tratamento estão diretamente ligados as finalidades que se darão o produto final. Nesse sentido, pode-se promover o reaproveitamento do resíduo como por exemplo o uso na agricultura, tijolos ecológicos, passando a ser visto como um subproduto economicamente viável.

5. Tratamento terciário

Por fim, existe o tratamento terciário para retirada de poluentes específicos não removidos em etapas anteriores. Poucas industriais utilizam esse tipo de tratamento, mas dependendo do tipo de processo, se torna necessário.

Também é um tratamento avançado para se obter reutilização da água, sendo essa utilizada na irrigação, refrigeração, alimentação de caldeira, entre outros.

Assim, essa operação depende do tipo de poluição do efluente e do grau de depuração da água que se deseja alcançar.

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