Lodo: acabe de uma vez com os seus problemas!

By Marketing

O que é lodo?

Todo material sedimentado formado por substâncias que possuem minerais,  partículas vindas de matéria orgânica decomposta no meio aquoso e coloide são  chamadas de lodo. Ele pode ser formado por diversos fatores, inclusive durante o  tratamento de efluentes. Muitas vezes esse lodo acaba por se tornar um problema  tanto ambiental ou até mesmo estrutural, entupindo tubulações, por exemplo. Além  disso, o tratamento mais comum dado ao lodo é ser destinado a um aterro sanitário,  mas que muitas vezes é trabalhoso, caro e nada sustentável. Então, se você busca  maneiras socioambientais para acabar com o lodo se atente aos seguintes aspectos: 

Tipos de lodo

A princípio, é possível separar o lodo em quatro tipos principais, sendo eles o  lodo primário, também conhecido como lodo bruto que, geralmente, é formado por  sólidos sedimentáveis, já o lodo secundário é o lodo removido de reatores biológicos. O  lodo químico é originário de sistemas de tratamento físico e químico*, onde se usa  coagulantes e/ou precipitantes, como alumínio e sais de ferro. Por fim, o lodo biológico  vem do tratamento de sistemas biológicos, após esse tratamento o lodo é chamado de  biossólido.  

Legislação

Visto isso, é interessante pontuar que o lodo enquadra-se na Política Nacional de  Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010, que é um  conjunto de princípios, objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações adotadas pelo  Governo Federal, estados, Distrito Federal, municípios ou particulares, com vistas à  gestão integrada e ao gerenciamento ambientalmente adequado dos resíduos sólidos.  De acordo com seu artigo 7º, um dos objetivos da PNRS é a “não geração, redução,  reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final  ambientalmente adequada dos rejeitos”. Agora, então, vamos conhecer algumas  possíveis formas de reutilizar o lodo: 

Compostagem

Tratamento realizado a partir da atividade  de microrganismos que estão na composição dos próprios resíduos.  Este é um tratamento natural de resíduos orgânicos; 

Incineração

Resíduos são incinerados a uma temperatura de  aproximadamente 1200ºC. Dessa forma, o volume do lodo é reduzido; ∙ Digestão aeróbia: indicado para pequenas instalações, a digestão aeróbia é um processo onde bactérias aeróbicas sofrem fermentação para se  transformar em acetato e produzir metano; 

Digestão anaeróbia

Tratamento feito por decomposição para gerar  biogás. Os resíduos restantes podem ser tratados como composto  orgânico; 

Biotecnologia

São consórcios formados por microrganismos que atuam  com a finalidade de consumir grande parcela dos sólidos voláteis  presentes em sistemas de tratamento, aumentando a idade do lodo e  trazendo uma redução significativa do lodo em excesso. Com esta  solução é possível ganhar mais tempo e espaço nos tanques com a  redução da formação do lodo. 

Além disso, existem algumas tecnologias mais avançadas que ajudam na hora  de tratar o lodo, conheça algumas:

Adensamento do lodo

Essa etapa tem por finalidade tornar o lodo mais  denso e com maior concentração de sólidos, facilitando a etapa seguinte  de desidratação. São utilizados nessa fase equipamentos como  adensadores de lodo e mesas adensadoras de lodo. 

Desidratação/desaguamento de lodo

Nessa etapa é retirado o excesso  de água do lodo. São utilizados equipamentos como prensas  desaguadoras e prensas rotativas. Existem ainda unidades combinadas  de adensamento e desidratação de lodo, que realizam as duas operações  em um só equipamento. 

Secagem de lodo

Reduz ao máximo o volume do lodo, proporcionando  altos teores de secos. Entre as tecnologias mais avançadas para esta  etapa estão os secadores térmicos de baixa temperatura que, além de  apresentarem teores de secos de até 90%, consomem menos energia. A  tecnologia de secagem de baixa temperatura custa aproximadamente 50  a 70% menos do que o tradicional sistema térmico de secagem. 

Ainda sobre o lodo, segundo uma pesquisa entre a Embrapa em cooperação  com a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), do Rio Grande do Sul  o lodo proveniente de estação de tratamento de esgoto também pode se tornar  matéria-prima de um substrato para plantas e de um condicionador de solo. Em  uma das avaliações realizadas, o lodo de esgoto foi higienizado e então utilizado como componente de substrato para mudas, e apresentou resultados de  produtividade de fitomassa entre 10% e 20% superiores a alguns substratos  comerciais utilizados como referência.  

Além de excelente para as plantas, a utilização do lodo dá uma destinação  limpa a esse resíduo, contribuindo para a sustentabilidade ambiental. Os  resultados vêm de um trabalho-piloto realizado em solo gaúcho com lodos de  quatro diferentes regiões do estado. Os cientistas recomendam não aplicar esses resíduos diretamente no solo ou substrato pelo risco de contaminação. A pesquisa desenvolve justamente formas de tratamento viáveis  para esses lodos e avalia seu desempenho agrícola. Dentre os benefícios da  utilização do lodo agrícola podemos destacar que as melhorias são: estruturais do solo; ajuste de pH; adição de traços de minerais; aumento da capacidade de  retenção de água e melhoria das condições de aeração do solo. Na produção de  mudas, pode contribuir para o fornecimento de nutrientes e matéria orgânica  para planta. 

Por conseguinte, outra forma ainda estudada sobre reutilização do lodo é na  construção civil sendo que novas técnicas vêm sendo desenvolvidas a cada ano. Em todos os casos você deve considerar as características químicas do lodo, que podem variar de acordo com a qualidade da água e os produtos utilizados no  tratamento.

Alguns exemplos do lodo na construção civil são fabricação de cerâmica vermelha, tijolos e a utilização como agregado em argamassa e  concreto. Assim, concluímos que o uso do lodo como agregado na  construção civil é favorável e contribui para a redução no consumo de matérias primas naturais, como areia, brita e cimento. A redução destes materiais  minimiza o impacto ambiental pela diminuição da extração dos minérios e argila  nas jazidas e pela redução do lodo lançado em rios e córregos.

Nessa perspectiva, observamos que existem inúmeras formas de reutilização  do lodo, algumas mais complicadas outras mais simples, porém, todas,  de alguma forma, contribuem para com o meio ambiente, por isso é sempre  importante buscar novas alternativas para “acabar” de vez com o lodo. Então, se  você gostou do nosso conteúdo e quer saber mais, não deixe de entrar em  contato conosco, será um prazer atende-lo! 

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