Você sabe como fazer o descarte correto do seu efluente?

By Marketing

Quando se trata de um processo produtivo que realiza a utilização da água, acrescida a outros elementos químicos e industriais, ocorre geração de efluentes.

Esse efluente não pode ser, simplesmente, descartado de qualquer forma. É necessário, portanto um tratamento específico para que esse efluente seja destinado de maneira correta.  

Seja efluente industrial ou doméstico, seu descarte, além de causar poluição e contaminar o solo, a água e até mesmo o ar, esses materiais também podem atingir os seres vivos, sendo prejudicial ao ambiente. Por isso é necessária uma gestão ambiental para buscar o equilíbrio entre produção e meio ambiente.

Além disso, segundo um estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) – por hora, há cerca de 10 milhões de litros de efluente industrial sendo descartados incorretamente em rios e córregos, sem nenhum tipo de tratamento, na região metropolitana de São Paulo. 

Então como que devo fazer para realizar o descarte dos efluentes corretamente, sem afetar a natureza? 

Na impossibilidade de se evitar a geração de efluente, o gerador deve adotar medidas de valorização, como a reciclagem e o reaproveitamento. Somente em último caso, os efluentes que não podem ser reaproveitados devem ter um descarte adequado atendendo às características de periculosidade.

Dessa forma, para que o descarte do efluente ocorra corretamente, você deve seguir parâmetros exigidos por legislação e ainda ter um sistema de tratamento especifico para cada efluente. Todo esse planejamento da gestão e a implantação das ações propriamente ditas devem acontecer de acordo com o que as leis ambientais vigentes determinam.

Legislação

  • A mais recente é a Lei Federal 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e estabelece as diretrizes para a destinação de resíduos produzidos pelas indústrias e empresas.
  • Para o tratamento de efluentes contamos com a Resolução nº 430, de 13 de maio de 2011, a qual classifica os corpos de água, traçando diretrizes ambientais, e também estabelece condições para o lançamento de efluentes. Essa resolução visa complementar (e alterar parcialmente) a anterior, nº 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Apesar de clara para alguns, a resolução ainda gera dúvidas no meio empresarial. Seguindo dados do CONAMA, a composição dos efluentes varia dependendo da indústria. Cada estabelecimento é geradora de um tipo peculiar de efluente de acordo com seu ramo de atividade (dentre os setores, podemos citar abatedouros, indústrias químicas, entre outros). 

Dessa forma, é necessário adequar o tratamento destes materiais residuais às suas características e necessidades específicas. Este cuidado demanda o know how e o esclarecimento competente de uma empresa de soluções especializadas, indo de encontro às determinações da legislação e ao comprometimento com a sustentabilidade.

Indústrias que demandam pouco volume de efluentes não têm necessidade de construir uma estação de tratamento própria. Esses e outros detalhes já fazem cair por terra a ideia de que o tratamento é um investimento caro.

Mas você sabe quais são os meios de destinação de efluentes mais comuns?

  • Tratamento biológico: o tratamento de efluentes líquidos industriais biodegradáveis, sanitários, chorume, líquidos oriundos de fossa séptica e caixa de gordura é realizado pelo processo biológico. Uma alternativa econômica e eficiente, devido ao auxílio de agentes aeróbicos e anaeróbicos.
  • Tratamento físico-químico: esse tratamento consiste na remoção de poluentes que não podem ser extraídos por processos biológicos convencionais. Muito utilizado por indústrias têxteis, de celulose, papel e curtumes para a retirada de poluentes inorgânicos, materiais insolúveis, metais pesados e materiais inorgânicos biodegradáveis. O processo consiste na coagulação das impurezas, que sofrem floculação e decantação até a separação do que é lodo e efluente.
  • Coprocessamento: o processo consiste em incinerar os resíduos em fornos de cimento após um processo de blindagem (que envolve a mistura e homogeneização). Esses resíduos são aproveitados como potencial combustível energético e substituto da matéria-prima cimenteira. Como desvantagens, podemos ressaltar que a opção é bastante cara, há efeitos negativos para a saúde e ainda não há normas técnicas específicas que regulamentam a técnica.
  • Incineração: quando a opção de destinação dos resíduos é a incineração, queima-se os materiais a uma temperatura de 1200ºC durante o processo, reduzindo o volume do lixo e aproveitando a produção de calor e energia.

Vantagens além de evitar multas e punições

Com esses exemplos dá pra ter uma ideia do tamanho da importância de realizar o descarte correto do seu efluente. O tratamento não é apenas para evitar multas por órgãos responsáveis pela fiscalização, pelo contrário, é uma responsabilidade social com o meio ambiente que vivemos. 

Por isso, é importante salientar que ter uma estação de tratamento pode trazer vantagens econômicas para a empresa. A conta de água, por exemplo, pode cair pela metade: os efluentes, no lugar de serem descartados, podem ser reutilizados para finalidades como lavagem de pisos, irrigação de jardins e bacias sanitárias, dentre outras. 

A escolha pelo tratamento e reuso ainda é uma excelente alternativa para os períodos de estiagem. Assim, é possível perceber o impacto positivo que um sistema de tratamento de efluentes traz quando comparado ao descarte do mesmo, não apenas no ecossistema, como também na economia das indústrias.

Consciência ambiental

Por outro lado, tratar um efluente não é somente construir uma estação de tratamento, reutilizar e descartar o resíduo. Você precisa ter em mente que está contribuindo para o desenvolvimento sustentável do planeta. A ONU (Organização das Nações Unidas), juntamente com 150 líderes mundiais, foram feitas as definições de 17 objetivos sustentáveis, que estão sendo implementados por todos os países do mundo, até 2030. 

Dessa forma, o tratamento de efluente e a construção de uma estação para realizar o descarte correto, contribui para os seguintes objetivos sustentáveis da ONU. 

  • 6: Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos.
  • 8: Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos.
  • 12: Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis.
  • 13: Tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos. 
  • 14: Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável.

Esperamos que após essa leitura tenha entendido mais sobre o tratamento de efluentes e sua importância em realizar o descarte correto. Está interessado em se adequar e trazer grandes benefícios a sua empresa com o tratamento de efluente? Entre em contato com a nossa equipe!

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