O que podemos fazer para reduzir o efeito estufa?

O efeito estufa é um fenômeno muito importante para a vida no planeta terra. Ele é um fenômeno natural que ocorre devido a concentração de gases que formam uma camada na atmosfera da Terra, permitindo que ocorra a passagem dos raios solares e também a absorção de calor. 

Os principais gases do efeito estufa (GEEs) são:

• Dióxido de Carbono (CO2), é o mais abundante. Ele é emitido por conta de diversas atividades humanas, como por exemplo, a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento florestal;

• Gás Metano CH4, ele é formado pela decomposição da matéria orgânica e é encontrado nos aterros sanitários, lixões e reservatórios de hidrelétrica. Além disso, a criação de gado e o cultivo de arroz também colaboram para a emissão desse gás;

Mas esses não são os únicos gases. Além desses dois, que juntos correspondem a 70% dos GEEs, existem outros, como os clorofluorcarbonetos (CFCs) e o óxido nitroso, correspondendo a mais 18% de gases dentro dos GEEs.

Apesar de o efeito estufa ser importante para a vida terrestre, a concentração dos gases na atmosfera da Terra tem aumentado de forma preocupante desde a Revolução Industrial, o que levou ao aumento do aquecimento global.

Acordos e Protocolos para redução de gases do efeito estufa

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) juntamente com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (ONU Meio Ambiente) criaram o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), com o objetivo de resumir e divulgar informações científicas a respeito das mudanças climáticas.          

Algumas informações que o IPCC já divulgou foram as seguintes:

1. A temperatura média global aumentou 0,85° entre 1880 e 2012;
2. Os oceanos se aqueceram e enquanto isso, as quantidades de neve e gelo diminuíram. Consequentemente, o nível do mar aumentou;
3. Provavelmente, devido às incessantes emissões dos gases do efeito estufa, até o final deste século será registrado um aumento de 1 a 2° na temperatura média global.

Visando cuidar mais do meio ambiente, em 2008 vários países adotaram o primeiro período do Protocolo de Quioto. Esse protocolo criou diretrizes para que as nações cumpram metas com o objetivo de reduzir as emissões dos gases do efeito estufa. Em 2013, iniciou-se o segundo período de compromisso e irá terminar ainda esse ano, 2020. 

Além disso, em 2016, 175 líderes mundiais assinaram o Acordo de Paris, o qual possui como objetivo principal fortalecer a resposta global à ameaça da mudança climática, mantendo o aumento da temperatura do planeta abaixo de 2°C. 

De acordo com uma pesquisa feita em 2018, o Brasil é o 7° país mais poluente do mundo e esse resultado não é algo bom, já que a poluição está diretamente ligada com o efeito estufa.

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Mas você sabe quais ações humanas aumentam a emissão dos gases do efeito etufa?

Existem muitas ações que nós, humanos, fazemos e as vezes nem nos damos conta do prejuízo que estamos causando para o mundo. De acordo com estudos do Sistema de Emissões de Gases do Efeito Estufa do Observatório do Clima (Seeg), as principais fontes de emissão dos GEEs no Brasil em 2018 foram: 

•  O desmatamento na Amazônia e no Cerrado, com 44% das emissões;
• A agropecuária, com 25% das emissões;
• Os setores de energia que utilizam os combustíveis fósseis, com 21% das emissões;
• Os resíduos e os processos industriais, que juntos, totalizam 10% das emissões. 

No Brasil, o aumento das emissões dos gases do efeito estufa variam constantemente. E agora fica a seguinte questão:

O que nós podemos fazer para reduzi-las?

Hoje em dia já existem muitas alternativas sustentáveis com o objetivo de reduzir as emissões dos gases. No entanto ainda encontramos pessoas que não se importam ou não tentam mudar um pouco seu estilo de vida para contribuir com o planeta Terra. Confira algumas atitudes que você pode tomar:

1. Deixar o carro ou a moto em casa e começar a andar mais de ônibus, bicicleta e até mesmo a pé. Isso porque a queima de combustíveis fósseis, como a gasolina e o diesel, é uma das fontes de emissão dos GEEs. Uma outra alternativa é procurar por automóveis que causam zero emissão;
2. Parar com o desperdício de alimentos, já que a decomposição do lixo orgânico emite muito gás metano. Uma alternativa para evitar o desperdício é planejar suas compras de mercado e reaproveitar ao máximo as sobras de comida ou até mesmo fazer uma compostagem caseira com materiais orgânicos; 
3. Não abusar do ar condicionado, pois a utilização dele libera o gás hidrofluorcarboneto (HFC) que é mais poluente do que o CO2. O que você pode fazer é ligar o ar condicionado apenas quando for necessário e nos outros momentos fazer uso do ventilador;
4. Plantar árvores, seja na sua casa ou em outro lugar. Assim você consegue contribuir com a fauna e com a neutralização dos GEEs; 
5. Instalar sistemas de utilização da energia solar e de armazenamento da água da chuva é uma ótima ideia para quem quer contribuir com o meio ambiente e economizar.

Essas são algumas de muitas formas para conseguir reduzir a emissão dos GEEs começando por você mesmo e depois levando ideias para o trabalho, a família, entre outros.

E agora com a pandemia, as emissões reduziram ou aumentaram?

De acordo com uma pesquisa realizada pela Nature, houve uma queda das emissões em 17% no começo de abril, época em que as regiões com mais emissões de gases estavam cumprindo o distanciamento social. Essa porcentagem parece baixa, mas corresponde a 17 milhões de toneladas de CO2 a menos na atmosfera terrestre, por dia. 

No Brasil, existe uma estimativa de que as emissões aumentem mesmo durante a fase de distanciamento social. Isso porque a emissão dos gases do efeito estufa tem origem principalmente na agropecuária e no desmatamento. 

Ainda sim, até mesmo em um momento como esse, existem pessoas que estão desmatando sem pensar nas consequências. Portanto, cabe a nós mudar nossos hábitos e tentar reduzir o máximo possível as emissões dos GEEs para que as próximas gerações possam viver em um mundo igual o nosso ou até melhor.

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