Com o crescimento acelerado da população mundial aumentando cada vez mais a demanda por alimentos, tecnologias que aumentam a produtividade e melhoram a qualidade dos alimentos que chegam na mesa do consumidor são constantemente procuradas pelos produtores. Dessa forma, para um bom desenvolvimento das plantas, deve-se prestar atenção à saúde do solo em que vai ser cultivado, visto que é dele que serão retirados os nutrientes; porém, como esses nutrientes não são repostos naturalmente pela terra, os fertilizantes se fazem necessários na manutenção da qualidade do solo.
Os fertilizantes são insumos agrícolas que podem ser classificados como minerais ou orgânicos, naturais ou sintéticos que fornecem nutrientes para as plantas. A nutrição do solo não só aumenta a produtividade das culturas agrícolas, mas também auxilia na resistência a pragas e doenças, melhorando a qualidade do produto. Além disso, o uso desses insumos possui um impacto positivo na
preservação do meio ambiente, visto que é possível aumentar a produção sem precisar expandir as áreas de cultivo.
A composição dos fertilizantes está diretamente relacionada às substâncias presentes nas plantas, estas podendo ser macronutrientes, que estão em maior quantidade, têm função estrutural e são essenciais para as atividades metabólicas das plantas, ou micronutrientes, que estão em menor quantidade, têm função reguladora e compõem as enzimas.
Macronutrientes: Nitrogênio (N), Fósforo (P), Potássio (K), Cálcio (Ca), Magnésio (Mg) e Enxofre (S)
Micronutrientes: Cloro (Cl), Manganês (Mn), Boro (B), Zinco (Zn), Ferro (Fe), Cobre (Cu), Níquel (Ni), Molibdênio (Mo) e Cobalto (Co)
Os fertilizantes podem ser classificados em 3 tipos, dependendo da fonte da qual são extraídos. Eles podem ser minerais, orgânicos ou organominerais.
Conhecidos também como inorgânicos, os fertilizantes minerais são extraídos do solo ou rochas e transformados em compostos químicos. Eles são divididos de acordo com a sua composição principal:
Nitrogenados: desenvolvidos a partir de elementos com alto teor de nitrogênio;
Fosfatados: compostos por elementos com concentração elevada de fósforo;
Potássicos: constituídos por componentes ricos em potássio;
Mistos: desenvolvido com mais de um nutriente principal;
Corretivos: possuem como base o calcário e são utilizados para corrigir a acidez do solo.
Os fertilizantes orgânicos são produzidos a partir de matéria orgânica, ou seja, restos de animais e plantas, como por exemplo: esterco animal, resíduos de vinícolas, bagaços de cana-de-açúcar, frutas, verduras e legumes. Eles são subdivididos em:
Simples: têm como base apenas matéria vegetal ou animal;
Mistos: desenvolvidos pela combinação de um ou mais fertilizantes orgânicos simples;
Compostos: produzidos a partir de elementos orgânicos resultantes de processos químicos, físicos ou bioquímicos.
Já os fertilizantes organominerais, nada mais são do que a mistura de elementos de fontes orgânicas e fertilizantes minerais.
O processo produtivo dos fertilizantes começa na indústria de extração mineral, onde são obtidas as matérias-primas da produção (rocha fosfática, rocha potássica, enxofre e gás natural ou nafta). Então, segue para a indústria de produção dos compostos químicos inorgânicos, onde são produzidas substâncias como ácido sulfúrico, ácido fosfórico e amônia anidra.
A terceira etapa do processo é responsabilidade da indústria de fabricação de fertilizantes simples e intermediários, é nessa etapa que são obtidos os produtos:
superfosfato simples (SSP), superfosfato triplo (TSP), fosfato de amônio (MAP e DAP), nitrato de amônio, sulfato de amônio, ureia, cloreto de potássio, termofosfatos e rocha fosfática parcialmente articulada.
Na quarta etapa, acontece o processo de granulação e mistura de elementos para chegar no fertilizante final, conhecido também como NPK. Nesse momento, são produzidos fosfatados, nitrogenados e potássicos.
Apesar de serem importantes para a agricultura, os fertilizantes geram impactos significativos ao meio ambiente, que devem ser estudados para que a cadeia produtiva da indústria seja personalizada de forma a minimizar os impactos ambientais.
O desmatamento é um exemplo de impacto, geralmente ocasionado pela extração mineral, colocando em perigo a biodiversidade. Além disso, há a produção de resíduos sólidos e efluentes líquidos e gasosos durante a fabricação do insumo, que podem levar à poluição do ar, solo, rios, lagos e lençóis freáticos. Os efluentes líquidos, por serem utilizados compostos químicos na produção, podem contaminar a água e causar a eutrofização, fenômeno que causa a morte da biodiversidade do rio ou lago contaminado.
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