Entenda de uma vez as principais perdas antes, durante e depois da colheita e ainda, o que você pode fazer para evitá-las!
A agricultura no Brasil é uma das principais bases da economia do país. É destaque mundialmente também, estando na 3ª posição do ranking entre os maiores países exportadores de alimentos do mundo. Hoje, o Brasil conta com uma área para produção de grãos de, aproximadamente, 63,2 milhões de hectares, segundo estimativas do IBGE.
Com isso, a tecnologia em relação a essa produção de grãos vem sendo aprimorada a cada dia. Isso porque ainda existem muitos tipos de perdas ao longo do processo, desde a colheita até a distribuição. Que tal saber mais sobre esse problema? Logo abaixo estão listados como as perdas ocorrem e como evitá-las!
Como o nome sugere, esse tipo de perda ocorre antes mesmo dos produtos serem colhidos, geralmente causados por pragas. Um exemplo disso é o processo de podridão do milho pela ação de fungos do grupo Penicillium (sim, o mesmo utilizado na síntese de penicilina).
Esses microrganismos atacam a superfície dos alimentos, podendo ocasionar em uma perda de até 70% da massa dos mesmos. Dessa forma, os produtores recebem menos por suas lavouras ou até mesmo perdem toda a produção.
Além desses agentes, ainda há a influência de alterações climáticas, como excesso de chuvas ou secas, que podem deixar os grãos muito úmidos ou muito secos, levando ao esmagamento ou ainda quebra dos grãos na colheita posteriormente.
Há ainda os problemas com atrasos na colheita por parte dos produtores, devido a falta de planejamento. Fazendo com que os grãos passem do momento correto de colhe-los e assim reduzir a produtividade.
Por isso, é importante que se tenha o conhecimento sobre os estágios de desenvolvimento do tipo de grão que está sendo cultivado. Dessa maneira, possibilita, entre outras ações, a estimativa de redução de umidade no grão e determinação do momento certo para colher a plantação. Assim, pode-se fazer um planejamento para reduzir tais perdas, como aluguel de maquinário e limpeza dos silos de armazenamento, a fim de antecipar a colheita.
Já em relação ao controle de pragas, podem ser aplicados na lavoura pesticidas ou até o controle biológico, realizando também periodicamente vistorias para avaliar a presença de patógenos. Existem também métodos de tecnologia avançada que integram diversos estudos, como os Sistemas de Telemetria.
Ademais, é importante ressaltar também que, muitas vezes, por desgaste ou até mesmo sua própria composição, o solo pode não estar apropriado para cultivação. Sendo plantadas sementes sem analisar este fator ou até mesmo corrigi-lo, pode levar à não produção.
Por isso, indica-se recolher uma amostra do solo que se deseja plantar e levá-la para um laboratório especializado. Se houver necessidade de correção, pode ser determinado o melhor método, como rotação de culturas ou a famosa calagem.
Nesta etapa, é essencial que as colhedoras estejam reguladas, senão podem haver perdas significativas de grãos.
Então, certifique-se de que a velocidade de operação do maquinário esteja adequada para o processo, assim como tempo de uso e altura da plataforma de corte. Além disso, de calibrar os equipamentos internos das colhedoras também devem estar calibrados, como cilindros debulhadores e rolos espigadores, no caso do milho.
Também, os funcionários devem ser devidamente capacitados, pois de nada adianta os cuidados na pré-colheita serem seguidos rigorosamente e o maquinário regulado, se o operador não souber manusear corretamente a colhedora e ajustá-la para as condições necessárias.
Existe ainda o planejamento para a colheita em si. Deve-se estimar a produtividade desejada e área com lavoura para assim saber a quantidade de colhedoras necessárias, a necessidade de adicionar uma operação de secagem caso o grão esteja muito úmido, entre outros passos para otimizar a produção e diminuir as perdas.
Depois de colhidos, encaminham-se os grãos à silos de armazenamento para posterior transporte. Porém, devido a seu alto teor de água e atividades biológicas, eles estão suscetíveis à contaminação por microrganismos, como os citados acima na etapa de pré-colheita, além de bactérias e ácaros.
Assim, a má higienização dos silos e caso o manejo por parte dos funcionários não sigam os protocolos estabelecidos, essa contaminação ocorre facilmente. Isso pode levar a perda de todo um lote da produção.
Você já esteve viajando até que se deparou com um caminhão que transportava grãos e os mesmos caiam constantemente na estrada? Pois saiba que a logística também é uma das principais causas pós-colheita.
Por exemplo, estima-se que há a perda de 0,5% do volume de trigo transportado durante o trajeto. Pode parecer pouco, mas um caminhão carregado com 3 toneladas de algum tipo de grão, pode dispersar até, aproximadamente, 15 Kg de grãos!
E para evitar esses problemas, você pode investir na gestão das perdas e metas de redução. Mapeando periodicamente a produção e mensurando as perdas, será possível determinar as etapas mais críticas e traçar planos de ação para elas.
Também, o investimento na infraestrutura de armazenagem, adquirindo tecnologias que regulam o espaço para condições menos favoráveis à proliferação de microrganismos e melhor conservação dos grãos. Além da qualidade nos serviços de transporte, buscando empresas mais cuidadosas a fim de perder menos grãos na logística.
Sabendo de tudo isso, agora você pode analisar a sua produção e identificar as etapas em que pode melhorar! Fale com um consultor para saber como a CONSEQ pode te ajudar!