IMPACTO DO USO DE AGROTÓXICOS

Os agrotóxicos são substâncias fundamentais para a produção agrícola, considerando o aumento demográfico e a necessidade de redução de perdas nas lavouras. Possuem diversos usos e classificações, e, devido a seus impactos socioambientais, seu uso é alvo de debates frequentes.

No Brasil, entre 2010 e 2017, o uso de agrotóxicos cresceu aproximadamente 50%, tornando o país o maior consumidor mundial desses produtos em 2017, segundo o Ibama. Em 2019, o setor movimentou cerca de US$ 10 bilhões anuais, com aproximadamente 450 produtos diferentes registrados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Devido à grande circulação desses produtos, surgem discussões sobre o impacto ambiental e os riscos à saúde, contrapondo os benefícios econômicos que proporcionam.

AGROTÓXICOS E A ECONOMIA

A principal motivação para o uso de agrotóxicos é a alta demanda por alimentos. Eles são utilizados para tornar os espaços de plantio mais produtivos e reduzir perdas causadas por pragas e doenças.

No Brasil, os agrotóxicos são amplamente utilizados para garantir a produtividade e minimizar prejuízos. Estima-se que os produtos mais eficientes inibem até 95% das pragas, permitindo que cerca de 90% da lavoura permaneça intacta. Esse fator tem impacto direto na economia rural, evitando perdas significativas e garantindo a rentabilidade da produção.

O uso de defensivos agrícolas também reduz a necessidade de recursos naturais, como água e terra, além de diminuir a mecanização excessiva. Isso impacta diretamente o custo final dos produtos, tornando-os mais acessíveis ao consumidor.

ECONOMIA SEM O USO DE AGROTÓXICOS

Embora os agrotóxicos possam ter impactos negativos na saúde e no meio ambiente, a eliminação total desses produtos poderia causar sérias dificuldades econômicas e produtivas. Estudos indicam que a redução drástica no uso de agrotóxicos poderia comprometer a produtividade, tornando inviável o abastecimento adequado de alimentos para a população.

Entre os possíveis impactos da redução drástica do uso de agrotóxicos estão:

  • Maior desemprego no setor agrícola;
  • Aumento dos custos de produção e dos preços dos alimentos;
  • Maior uso de recursos naturais, como água e solo;
  • Redução da oferta de alimentos e insegurança alimentar.

USO DE AGROTÓXICOS E O MEIO AMBIENTE

Os agrotóxicos podem causar impactos ambientais negativos, incluindo a contaminação do solo, da água e do ar. A principal contaminação ocorre diretamente no solo das lavouras, onde os resíduos podem infiltrar-se nas águas subterrâneas ou serem levados pela chuva para rios e lagos, afetando ecossistemas aquáticos e o abastecimento de água potável.

Com o uso excessivo, pragas podem desenvolver resistência aos agrotóxicos, exigindo doses cada vez maiores e ampliando os impactos ambientais. A adoção de técnicas como o Manejo Integrado de Pragas (MIP) é uma alternativa viável para reduzir essa dependência.

SAÚDE HUMANA

Os agrotóxicos possuem efeito biocida, podendo representar riscos para agricultores e consumidores. A exposição pode ocorrer pelo contato direto, inalação ou ingestão de resíduos nos alimentos. Os efeitos podem ser classificados como:

  • Agudos: surgem imediatamente após a exposição, podendo incluir irritação, tontura, náusea e reações alérgicas;
  • Crônicos: resultam da exposição prolongada e podem estar relacionados a doenças como distúrbios hormonais e neurológicos.

A segurança no manuseio é fundamental para minimizar riscos. Agricultores devem utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), seguir normas de aplicação e evitar contato com agrotóxicos em locais inadequados, como próximo a crianças e animais.

INOVAÇÃO E MELHORIAS NOS AGROTÓXICOS

O desenvolvimento de novos agrotóxicos envolve testes rigorosos de eficácia e segurança ambiental e sanitária. No Brasil, a regulamentação e fiscalização desses produtos são realizadas por três órgãos principais:

  • Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária): avalia os riscos à saúde humana;
  • Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento): analisa a eficiência agronômica;
  • Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis): avalia os impactos ambientais.

Com o avanço da tecnologia, pesquisas buscam desenvolver defensivos agrícolas mais eficientes e sustentáveis, reduzindo impactos negativos. A Embrapa Meio Ambiente, por exemplo, desenvolveu três tecnologias inovadoras para aprimorar a pulverização e minimizar perdas.

Se você deseja aprimorar sua produção agrícola ou conhecer soluções inovadoras para o uso de agrotóxicos, consulte um especialista e tire suas dúvidas!

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