Efluentes com Enfoque Ambiental
- By Marketing
- Ambiental, Desenvolvimento Sustentável , Efluentes
Introdução
A palavra efluente significa aquele que flui. É qualquer líquido ou gás gerado nas diversas atividades humanas e que são descartados na natureza.
Depois de entendido a definição de efluente, é necessário saber o ponto de vista sanitário. O conceito de qualidade de efluentes é um pouco mais amplo do que do ponto de vista quantitativo, pois podemos afirmar que a qualidade de determinado efluente é função das condições naturais (como as chuvas) , na ocupação do solo na bacia hidrográfica pelo homem (como despejar impurezas por atividades domésticas ou industriais, ou de forma dispersa como os pesticidas) e, na utilização do efluente antes de ser tratado.
Com esses exemplos, é possível notar que a qualidade do efluente está diretamente relacionada com o uso que se faz dele, e que as características do efluente são mudadas com seu uso.
Legislação
Essas são as principais leis que regem o tratamento correto de efluentes: * Resolução n. 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (BRASIL, 2005). Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes;
* Resolução n. 396, de 3 de abril de 2008, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (BRASIL, 2008). Dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento das águas subterrâneas;
Parâmetros de qualidade do efluente
Os parâmetros físicos são aqueles relacionados principalmente com o aspecto estético. São alguns parâmetros físicos: a cor, a turbidez, o sabor, o odor e a temperatura.
Além dos parâmetros físicos, precisamos também estudar os parâmetros químicos que correspondem aos índices mais importantes de caracterização da qualidade de um efluente.
São alguns parâmetros químicos: potencial Hidrogeniônico (pH), alcalinidade, acidez, nitrogênio, fósforo, oxigênio dissolvido, matéria orgânica, micropoluentes inorgânicos, micropoluentes orgânicos.
Tipos de tratamentos para efluentes
O tratamento de efluentes engloba duas áreas, o âmbito industrial e o âmbito doméstico. Em algumas áreas, temos etapas que devem ser mais prestigiadas do que outras, mas isso possui uma ênfase maior para o tratamento de efluentes na área industrial, pois devido ao fim que será dado para esse efluente, temos que tomar cuidados para evitar contaminação e poluição, pois muitos desses efluentes pode conter, óleos diversos, entre outros. Por isso a existência de legislações que visam garantir mais segurança para a população e os fins adequados para tal.
O tratamento de efluentes para áreas domésticas tratam de edifícios que possuem banheiros e cozinhas como casas, edifícios comerciais, e etc, com o intuito de higienizar esses efluentes, geralmente, para algum tipo de reuso. Muitos podem prover
de áreas comerciais, mas não podem ser classificados como indústrias, por não possuírem certas especificações, que são exigidas pela legislação, o cuidado adequado. Para as áreas que são classificadas como industriais, esse tratamento pode ser personalizado, pois para diferentes áreas, esses efluentes passam por diferentes processos exigindo tratamentos específicos. existem muitas empresas que personalizam esse tratamento de acordo com o uso da indústria.
Devido à grande importância no cuidado com os efluentes, alguns meios para o tratamentos podem ser nomeados. Tais são os tratamentos físicos, químicos, biológico e algumas opções mais avançadas como membranas de ultrafiltração, osmose reversa e tratamento por UV. Esses tratamentos são os mais conhecidos pela sua eficiência
considerável. Assim, serão abordados dois exemplos muito comuns, tanto no âmbito doméstico, quanto no industrial.
Tratamento de esgoto
Os esgotos sanitários gerados nas atividades diárias de uma cidade são lançados na rede coletora de esgotos e, por esta, são encaminhados para a Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) para que passem pelos devidos tratamentos. Na ETE, os esgotos sanitários são encaminhados para tratamento preliminar, primário, secundário e eventualmente terciário, respectivamente.
O objetivo do tratamento preliminar é a remoção de sólidos em suspensão grosseiros como material de maior dimensão e areia e a medição de vazão. O tratamento primário é a remoção de sólidos em suspensão que são passíveis de sedimentação em unidades denominadas decantadores primários. Os decantadores primários são unidades de tratamento nas quais os sólidos sedimentáveis são separados da fração líquida pela operação unitária de sedimentação. A operação unitária de sedimentação é denominada discreta, e nela, as partículas se depositam no fundo do decantador, mantendo sua forma, volume e peso inalterados. Após o tratamento preliminar e primário, os esgotos sanitários são
encaminhados para o tratamento secundário, que tem como objetivo a remoção de matéria orgânica medida como DBO em suspensão, DBO em suspensão finamente particulada e DBO solúvel. Essa remoção é feita pela atividade biológica de bactérias, fungos, protozoários, entre outros organismos.
O objetivo do tratamento terciário é a remoção de nutrientes, organismos patogênicos, compostos não biodegradáveis, metais pesados, sólidos inorgânicos dissolvidos e sólidos em suspensão. As unidades que compõem esse nível de tratamento podem ser quaisquer unidades vistas no Tratamento Secundário, desde que elas removem os poluentes previamente citados.
Tratamento de efluentes agrícola
Como as práticas pecuárias são muito importantes para o meio ambiente, o tratamento de seus diversos efluentes tendem a minimizar esses grandes impactos no meio ambiente. Como as irrigações, lavagens de equipamentos utilizados na indústria agrícola, manejo de animais e a produção de alimentos são exemplos que necessitam de tratamento adequado.
Diante de uma grande escassez de água potável em áreas rurais, estudos para a reutilização de efluentes domésticos para tais áreas mostram-se um meio muito viável que causará menos impactos ao meio ambiente, saciando as necessidades da prática pecuária, que abastece uma grande diversidade de alimentos para o mundo. Mas toda essa escassez se dá devido à ausência de tratamento desses efluentes.
Vale ressaltar, que efluentes tratados da área agrícola não são necessariamente líquidos, muitos desses despejos ocorrem de forma gasosa, como a emissão de gases poluentes para a atmosfera.
Tendo o Brasil como um forte produtor agrícola, a adoção de práticas sustentáveis se torna cada vez mais necessária, a falta de tratamentos para resíduos agrícolas têm forçado a busca de ampliar, de forma mais econômica e sustentável, seu tratamento. Porém, a agropecuária ainda não é o único problema com efluentes no Brasil, diversas áreas com o descarte incorreto de efluentes em rios, poluição causada por grandes indústrias (de diversas áreas comerciais) e a mineração, ainda são os maiores vilões do meio ambiente.
Conclusão
Os impactos ambientais podem ser minimizados com o tratamento correto dos dejetos domésticos e industriais. As legislações são bons meios de pressionar o uso tratamento adequado de efluentes, mas ainda é algo a ser melhorado e estudado. Tipos de tratamentos modernos e mais eficazes já estão sendo colocados em prática em diversas indústrias e residências. Porém, uma grande parte da população mundial sofre com a ausência de saneamento básico, sendo o Brasil um principal exemplo.
Se interessou pelo nosso artigo?
Potencialize suas ideias conosco!
Descubra como nossos especialistas podem transformar seu objetivo, garantindo máxima eficiência, segurança e sustentabilidade.